Como
pedras da Igreja de Cristo deveríamos, assim como Jesus e os santos
profetas, questionarmos mais a tradição, termos fé e coragem suficiente
para sairmos da nossa zona de conforto e sermos “cutucadores”, profetas
do povo; sabendo que a Palavra de Deus é dinâmica e que, por isso, a
prática do Verdadeiro Evangelho torna-se uma tarefa ousada; sendo
questionadora da própria tradição, assim como pai de família que tira de
seu tesouro, coisas novas e velhas e um pescador que lança a sua rede e
que, ao vê-la repleta, arrasta-a para a praia, senta-se e separa nos
cestos o que é bom e joga fora o que não presta (cf Mt. 13, 52;48).
Devemos
pensar, como Igreja, em Jesus, lembrando-nos o homem questionador que
foi. Cristo questionou a sua própria vida, suas atitudes (Mc 7, 24-30);
repensou, libertou-se, e inconformado com os rumos da humanidade e, em
particular, da sua religião, ampliou sua razão de existir rompendo com a
própria tradição; elogiou a fé do centurião, a ação dos samaritanos, a
humildade da mulher sírio-fenícia, sentou-se com publicanos e cobradores
de impostos, curou em dia de sábado etc. Cristo aos olhos da Lei foi um
transgressor mas, aos olhos de Deus, uma grande esperança.
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