E Jacó gerou a José,
marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo. Ora, o nascimento
de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de
se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido,
como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente (Mt 1,
16-19).
Pouco se fala de José nos evangelhos, isto se
deu por um único fato, a Bíblia não é, a princípio, um livro cronológico, mas
sim, teológico. Portanto, querendo conhecer a figura de José e a sua
importância na história da salvação, faz-se necessário estudar a estrutura
familiar judaica daqueles dias. Começaremos por observar as gerações desde
Abraão até Jesus de Nazaré. Para esta reflexão não se faz necessário citar
todos os integrantes desta; destarte citaremos os mais conhecidos.
Abraão foi pai de Isaque e avô de Jacó...
Arão foi pai de Aminadabe e avô de Naassom... Jessé foi pai de Davi e avô de
Salomão... Até que chegou, com Josias e seus filhos, o fim desta época... E
houve o exílio na Babilônia... A outra época se iniciou com Jeconias sendo pai de
Salatiel e avô de Zorobabel, posteriormente vieram Eliaquim, Azor, Sadoque e
tantos outros... e por fim Matã que foi Pai de Jacó e avô de José, marido de
Maria, da qual nasceu nosso Salvador.
A
casa de Davi, através da genealogia de José, é chegada a Jesus. Porém, por ser
a liberdade uma das faces de Deus, não devemos crer que a vinda de Jesus ao
mundo se deu de forma "determinista". Considerando, também, o Livre
Arbítrio encontrado na sagrada escritura que, em Deuteronômio capítulo 30, o versículo
19 afirma: "os céus e a terra tomo,
hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a
maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência",
podemos perceber que independente da vontade de Deus, nós, homens, podemos
concretizar sua obra, ou não. Isto não desqualifica as escolhas de Deus, embora
o próprio Deus tenha se “arrependido” (Ex 32,14 / 1Sm 15,35 / 1Cr 21,15 Jr 26,
19...) de algumas escolhas no decorrer da história do Seu povo, mas nos remete
à responsabilidade de “escolher, pois, a
vida” para que Seus planos perpetuem.
José tinha duas escolhas, como cita Deuteronômio, “a vida ou a morte”. Abandoná-la e fugir secretamente ou entregar
Maria ao seu pai, Joaquim. Nos dias de Jesus as leis eram severas em relação ao
adultério. Conhecendo um pouco a tradição daquele povo, compreenderemos que a
atitude justa, perante a lei, seria José entregar Maria ao seu pai, que por
consequência iria entregá-la à justiça; o ponto alto dessa passagem é que a
punição por adultério, naquele tempo, era a morte por apedrejamento. Por outro
lado, abandonando-a secretamente, a honra da casa de seu sogro, Joaquim, seria
preservada, assim como, a vida de Maria; pois, desta forma, José assumiria toda
culpa e, pela mesma Lei, a família de Maria deveria a acolher; então José, por
amor e perdão, sairia errante pelo mundo. Neste momento as palavras de Deus, em
Deuteronômio capítulo 30, versículo 19, se fizeram carne, pois José, escolheu a vida!
“Então José, seu marido, como era justo, e a
não queria infamar, intentou deixá-la secretamente” (Mt 1, 16-19). Passada a
provação, viu Deus que José era justo aos Seus olhos e enviou-lhe um anjo
para acalmar seu espírito, e este lhe falou: "José, filho de Davi, não
temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito
Santo" (Mt 1,20). E assim como ouvimos dos santos profetas desde o
princípio dos tempos, nasceu o Filho do Altíssimo, Aquele que tirou o pecado do
mundo e nos deixou a sua paz; ontem, hoje e sempre; Jesus de Nazaré.
Por
Daniel Gomes Ribeiro
Parabéns pelo Blog amigo! Amei receber o seu email, não tens idéia de como chegou exatamente na hora certa! Serei uma leitora diária de seu blog, coloque sempre coisas lindas assim! Obrigada pelo presente e que Jesus e Deus lhe ilumine sempre!
ResponderExcluirBjks
Patta
Parabens pelo conteúdo,me esclareceu uma dúvida que não achava resposta em lugar algum, Deus abençoe!
ResponderExcluir